sexta-feira, 23 de agosto de 2013

07:42
Na semana passada, um assunto "causou" na internet, o jogador Emerson Sheik, do Corinthians publicou uma foto dando um "selinho" em seu amigo em uma rede social, obviamente piadas apareceram , o assunto repercutiu e muito se falou.
Pois bem, vamos ao primeiro fato, um beijo "selinho" não tem tom sexual, mães dão selinhos em filhos e ninguém acusa de ser pedofilia, mulheres dão selinhos em amigas e nem por isso também são lésbicas, mas, um homem dar um selinho em outro homem é atestar para a sociedade que "saiu do armário", mais do que isso, é admitir que não é homem, como se um selinho fizesse o "bilau" cair.
O assunto vai mais além, e relata qual é o modelo de homem que a sociedade espera, depois do fato do Sheik alguns torcedores foram ao CT do Corinthians com faixas que diziam que para ser jogador do Corinthians deve ser homem , mas o que é ser homem o suficiente para jogar no timão ou qualquer outro clube?
Não são raros os casos de acusações de estupros feito por jogadores, convivendo em meio a um ambiente machista, com muito dinheiro e status, o mundo do futebol parece ser o ambiente propício para que esse tipo de coisa aconteça, nesse mês, o ex-jogador do Atlético Mineiro, Danilinho (que hoje atua pelo Tigres do México) foi acusado de estupro contra uma garota de 17 anos, mês passado o atleta do Itabaiana Futebol Clube(clube baiano) foi acusado do mesmo crime contra uma menina de 16, o zagueiro que atua na Turquia, Fábio Bilica também foi acusado de estuprar uma mulher antes no estacionamento do Aeroporto de Recife, em nenhum caso, houve algum protesto falando que para jogar no clube eles deveriam ser homens.
O beijo de Sheik e sua repercussão negativa reflete duas coisas , a imaturidade e preconceito contra o afeto que pode existir entre dois homens,seja sexual ou de amizade, e a hipocrisia  da sociedade que julga as pessoas por quem elas beijam e não o porque elas realmente são.


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